Quem se importa?
Há cerca de um mês, a Junta de Freguesia de Alfena, Valongo, terra onde vivi mais de 30 anos, convidou-me para participar numa acção de sensibilização que tinha preparado para o tecido empresarial da cidade. Em tempo de crise, todas as ajudas são necessárias, por isso, o gabinete de Acção Social decidiu chamar os empresários para uma sessão de cinema. O filme a ver "Quem se importa?", uma longa metragem que retracta o empreendedorismo social. Foi filmado em sete países diferentes: Brasil, Perú, USA, Canadá, Tanzânia, Suiça e Alemanha, sob a direcção de Mara Mourão e produção de Mamo Filmes e Grifa Filmes.
Aceitei o convite. Mas devo confessar que fiquei ansiosa. É que é sempre mais difícil falar para uma plateia que se conhece bem.
Aqui fica o resumo do filme.
Resumo
do filme “Quem se importa?”
A
apatia e a indiferença são apontados como os piores inimigos da
Humanidade.
A
maioria das pessoas passa os dias a tentar sobreviver a vidas que se
vivem a ritmos alucinantes, pessoas que vivem distraídas e
bombardeadas com informações que não interessam.
O
filme ilustra ainda que há uma perda de fé nas lideranças.
É
verdade que as pessoas querem um mundo melhor e sabem que existem
problemas, mas são tão grandes que acreditam que não tem
capacidade para resolver esses mesmos problemas.
O
filme levanta uma série de questões para as quais, logo de seguida,
aponta também as respostas.
A
principal questão é:
Nós,
todos nós, ainda temos a capacidade de nos importar??
E
logo de seguida, os testemunhos dizem-nos que o ponto de partida será
pensar no mundo que gostávamos de ter e começar a trabalhar para o
criar.
Quem
é afinal o empreendedor Social?
É
alguém que vê esperança onde mais ninguém vê.
Alguém
que encontra possibilidades onde mais ninguém encontra.
São
visionários, são práticos, têm esperança e têm imaginação.
São
pessoas que percebem que cada um tem um papel de responsabilidade e
que, se efetivamente, quiserem criar um mundo melhor têm que
participar.
É
alguém que sabe quais os rumos que a sociedade deve seguir. É
alguém que se preocupa de uma forma profunda com isso e que vai
fazer acontecer.
Na
maior parte dos casos, mostra ainda o filme, são pessoas que já se
depararam com situações de injustiça e de pobreza, situações de
desequilíbrio que serviram de alerta.
O
que é que é preciso fazer??
É
preciso criar uma consciência que todos podemos ser transformadores.
É
preciso envolver a comunidade para que ela possa criar o seu próprio
desenvolvimento.
É
preciso acreditar que é possível.
Qual
é o melhor caminho?
É
indo ao terreno, estando no terreno... É dessa forma que as ideias
surgem.
É
ouvindo quem se serve que se aprende.
E
é assim que se consegue uma sociedade civil pulsante.
O
que é mais difícil?
É
combater
a ignorância e a falta de conhecimento.
O
que é que é preciso??
Acreditar
que todos podemos fazer mudanças.
Acreditar
que todos podemos mudar o mundo, partindo do local para chegar ao
global.
Termino
com uma citação de Dalai Lama que, penso, resume e espelha o
espírito do empreendedor social: "Determinação, coragem e
autoconfiança são fatores decisivos para o sucesso. Não importa os
obstáculos e as dificuldades. Se estamos possuídos de uma
inabalável determinação conseguiremos superá-los.
Independentemente das circunstâncias, devemos ser sempre humildes,
recatados e despidos de orgulho".
Em
suma, qualquer um pode ser um empreendedor social.
Não
é uma bênção divina.
Apenas
tomamos consciência das nossas capacidades.
Todo
o mundo pode mudar o mundo, basta acreditar que é possível.
E se quiser, pode sempre assistir ao filme:
O filme parece-me interessante e, quanto ao resto, vai correr bem ;)
ResponderEliminarE não é que correu mesmo!!! :)
ResponderEliminarMas havia dúvida? Nenhuma :)
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